Os moradores, sobretudo as mulheres, da rua José Soares, na
área do fuscão preto, ficaram tão assustados com aquele rapto da criança ocorrido
semana passada em Boa Ventura, que ainda vivem temerosas e apreensivas. E depois
que os boatos correram a região dando conta de que outras crianças teriam sido
raptadas, esse temor aumentou ainda mais.
E para completar tudo isso. No dia de ontem, um homem desconhecido
com uma mala na mão foi visto ao meio-dia, circulando aquela artéria urbana. Ele
andava de um lado a outro, e não soltava a danada da mala, daquelas de madeira
e que guarda muita coisa dentro, disse uma moradora. “ Vixe, Maria, até menino
caberia dentro”.
E para acompanhar os passos daquele desconhecido, as janelas
das casas começaram a se abrir, uma a uma, e bem lentamente, por trás delas, às
vezes um olho aberto e outro fechado, já em outras dois olhos bem abertos, e em
algumas era tanta gente olhando que a disputa era grande dentro de casa.
Depois de um certo tempo, a mulherada criou coragem e começou
a pisar os pés nas calçadas. Alguma coisa tinha que ser feita. E o homem lá,
com a mala na mão, parecia meio perdido.
Quando algumas vizinhas se viram nas calçadas ai não teve
outro jeito: criaram coragem e como se entendesse o que deveriam ser feito,
começaram aos poucos cercar o homem. A parada era delas.
E foi o que aconteceu. Em volta daquele desconhecido com a
mala na mão, foram logo perguntando: “O senhor que o que aqui, hem?”. O homem
assustado respondeu que estava procurando um endereço de uma parenta dele e que
estava meio perdido naquela rua.
Depois das explicações, o homem foi embora com a mala na mão e
as mulheres voltaram para suas casas, com a consciência do dever comprido. “Agora
nessa rua vai ser assim, desconhecido aqui vai comer fogo. Ou diz quem é ou vai
se ver com agente”, avisou uma senhora, com uma vassoura na mão, daquelas
feitas de agave.
esta historia parece um conto!! #Boa .... (kkkkkkkkkkkkkkkkk)
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