domingo, 9 de agosto de 2015

Pai e filho estão entre os 3 mortos em acidente que deixou ainda 3 feridos em Itaporanga

Foi um dos mais trágicos acidentes de carro registrados no Vale nos últimos anos, com um saldo de três mortos e três feridos gravemente, entre os quais uma criança. O acidente ocorreu na noite desse sábado, 8, em uma ponte da rodovia PB-372, trecho que corta o sítio Tabuleiro, município de Itaporanga.
                O carro, um Gol, era conduzido por Antônio Ferassim de Sousa, conhecido como Antônio Bobó, de 65 anos, e seguia para São José de Caiana, onde as vítimas residiam. Eles, que são todos parentes, tinham passado o sábado na casa de familiares em Aguiar e, no retorno para casa, ocorreu o pior.
                Ao passar pela ponte, Antônio Bobó perdeu o controle do carro, que avançou sobre a mureta de proteção, rompeu a estrutura e caiu de uma altura de aproximadamente seis metros. “Quando nós chegamos lá, encontramos todos ainda dentro do carro, porque os que sobreviveram não conseguiam sair, e havia muitos gritos, mas conseguimos retirá-los do veículo e, depois, foram levados para o hospital. Foi o pior acidente que eu já presenciei”, comentou um policial de trânsito ouvido pela Folha.
                Morreram na hora o aposentado Antônio Cirino Lopes, de 73 anos, e seu filho, Daniel Cirino Lopes, de 48 anos. O idoso havia chegado recentemente de São Paulo, onde tinha ido se tratar. Seu filho veio deixá-lo no Caiana e voltaria à capital paulista, onde morava, nos próximos dias, mas terminou perdendo a vida junto com o pai.
                A outra vítima fatal é Josefa Justino Dantas, conhecida como Noca, de 43 anos, esposa do motorista do carro. Ela chegou a ser socorrida ainda com vida para o hospital de Itaporanga, mas não sobreviveu. Sua filha de 9 anos, Maria Gabriele Dantas de Sousa, foi removida para Patos em função da gravidade das lesões. Quando deixar o hospital, não verá mais a mãe. Seu pai, o condutor do veículo, e um primo dele, conhecido como Luiz de Vito, também tiveram que ser removidos.
                A maior parte das vítimas, tanto as lesionadas quanto as fatais, residia no conjunto Janduir Lopes, em Caiana. Um dos mortos, José Lopes, era irmão do vereador de Aguiar, Dão Lopes, também falecido em um acidente. Já o condutor do carro, Antônio Bobó, já havia passado por outra tragédia: há 12 anos, ele perdeu dois filhos e um parente em um acidente quando conduzia um carro pela mesma estrada, segundo familiares. 
                Os corpos de pai e filho que morreram no local do acidente foram levados para exame cadavérico em Patos, depois do trabalho pericial, e deverão ser sepultados em Aguiar, de onde são naturais. Fotos: tragédia foi uma das maiores dos últimos tempos no Vale.

Folhadovali

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Continua desaparecida mulher de idoso encontrado morto: ele se suicidou e ela sumiu. Vejam foto

Por Delcides Brasileiro/Folha do Vale – A idosa Severina Lucas da Silva (foto), de 75 anos, está desaparecida há mais de uma semana, segundo seus familiares. Ela é natural de Boa Ventura, onde reside uma filha, mas vivia há dois meses com seu companheiro no sítio Saco, município de São José de Caiana.
            No começo da noite do último dia 6, o companheiro da idosa, Francisco Heleno Sales, de 67 anos, foi encontrado enforcado em uma mata distante cerca de dois quilômetros da residência do casal. O corpo já estava em elevado estado de decomposição, o que indica que ele havia morrido dias antes.
            Segundo informações policiais, a idosa pode ter desaparecido antes mesmo da morte do companheiro. Tudo indica que ele tenha entrado na mata à procura da mulher e, sem encontrá-la, terminou se deprimindo e tirando a própria vida.
            Os filhos da idosa estão desesperados com o desaparecimento dela. Três deles percorreram vários sítios do Caiana nesta sexta-feira, 10, mas não obtiveram nenhuma informação. Eles querem o apoio da polícia na busca pela mãe. 
            Esperançosos de encontrar a idosa ainda com vida, os filhos apelam para quem tiver alguma informação do paradeiro da mãe possam entrar em contato com a polícia. 

Folhadovali

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Entidade associativa do Vale consegue poços para comunidades rurais, e tem mais novidade

Por Delcides Brasileiro/Folha do Vale - Uma associação comunitária criada recentemente em Boa Ventura vem dando demonstração de força e sensibilidade para com os problemas hídricos enfrentados pela população regional, sobretudo neste momento em que a região vivencia quatro anos consecutivos de estiagem. Fundada no dia 9 de maio passado, a ADVAPI (Associação de Desenvolvimento do Vale do Piancó) já conseguiu junto ao Governo do Estado 24 poços artesianos para a zona rural de Boa Ventura, Itaporanga, São José de Caiana, Diamante e Conceição, dos quais já foram perfurados 14. 
                Imediatamente após as manifestações ocorridas recentemente em Boa Ventura, quando o povo gritou em via pública por água, a ADVAPI teve um projeto aprovado na Secretaria de Recursos Hídricos do estado, para a perfuração de quatro poços artesianos em pontos críticos da zona urbana. Junto com os poços, foram aprovados também seis caixas para o armazenamento da água que será distribuída aos moradores.
                 “O senhor João Azevedo, secretário de Recursos Hídricos, já nos garantiu esse grande beneficio, através de um projeto elaborado e enviado pela nossa associação. Já estamos no aguardo de um geólogo, que vai chegar a Boa Ventura para estudar o solo e definir o local de perfuração dos poços”, afirma Cícero de Freitas Gomes, presidente da ADVAPI.
                 Ele afirmou que esses benefícios estão aparecendo graças à união dos associados e, sobretudo, pelo apoio do deputado federal Luiz Couto, bem como de órgãos competentes do Governo do Estado, a exemplo da Secretaria de Recursos Hídricos e da Secretaria de Agricultura Familiar. O objetivo da ADVAPI, segundo Cícero de Freitas Gomes, é ajudar o homem do campo de todo o Vale, criando alternativas de sustentabilidade. “Nós também temos uma escolinha de futebol, com mais de duzentas crianças matriculadas, e que tem como meta principal dar recreação à garotada, tirando alguns deles dos vícios e promovendo momentos de lazer e esporte”, disse.
                 O presidente afirmou ainda que a entidade não tem fins lucrativos e nem políticos, e que a implantação da ADVAPI é uma resposta imediata a alguns problemas vivenciados pela região, principalmente com relação à falta de água e de apoio às famílias pobres. A entidade já nasceu prestigiada, pois no evento de sua fundação várias autoridades estiveram presentes, a exemplo do secretário de Agricultura Familiar, Lenildo Morais, advogados do gabinete de Luiz Couto e representantes do Banco do Nordeste, que, na oportunidade, fizeram a doação de 15 caixas de apicultura para agricultores associados que trabalham no segmento de agricultura familiar. Foto: presidente da entidade (de azul) durante encontro por obras hídricas para a região.

                Folha Empresa. Direito Reservado. Proibida reprodução total ou parcial deste texto e imagem. Infratores sujeitos a penalidades cíveis e criminais

Folhadovali

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Crianças caçam ratos para comer carne na PB; prefeito diz que família teria negado ajuda

Famílias beneficiárias do Bolsa Família alegam que renda não dá para alimentação e roedores viram opção em cardápio das duas refeições diárias, na periferia de Alagoa Grande

Criança exibe ratos após a caça
A escassez de comida na mesa de muitos paraibanos está levando uma família da cidade de Alagoa Grande (na região do Brejo, a 107 km de João Pessoa), à uma situação extrema: caçar roedores para complementar a alimentação. Na comunidade Barreiras, no Sítio Tambor, virou rotina crianças saírem quase todos os dias, sempre à tarde, para colocarem armadilhas para 'rato de Junco'. O prefeito da cidade disse que o Município vai ajudar a família, mas que já teria oferecido apoio anteriormente e eles teriam recusado. 
A caça ao animal é artesanal e feita em uma lagoa que fica no centro da cidade. Uma das crianças revelou que há uma semana sua família se alimenta com rato, porque não dinheiro para comprar a “mistura” e nem outros alimentos. “A gente vai um dia sim, outro não. A gente mete o pau no ninho e mata os ratos (sic)”, contou um menino de 10 anos.
O registro da situação de extrema pobreza de uma família que é comandada por uma mulher de nove filhos foi feito pelo blogueiro Júlio Araújo. Ele flagrou um grupo de crianças saindo de um matagal com os animais já prontos para o consumo.
“Eu fui até a casa da família para fazer uma reportagem sobre um homem que tinha morrido na comunidade. Quando estava iniciando a matéria, vi as crianças saindo do mato com os animais e todos tratados. Perguntei para qual a finalidade dos animais e eles foram enfáticos: para comer. Fiquei chocado com a situação de pobreza da família”, relatou Queiroz, com um tom de emoção.
O imóvel onde a família mora ainda é feito de barro. A casa de poucos cômodos não possui rede de esgoto, a instalação elétrica é feita com gambiarras e não há higiene. Para matar a sede, os garotos pegam água de um açude próximo onde não há tratamento adequado para o consumo. “Podemos dizer que é uma pobreza muito grande, que não sei mensurar. Fiquei muito chocado e comovido. Eles bebem água barrenta que pegam em um açude. Daí, usei o jornalismo para tentar ajudar essa família e amenizar a dor dessas crianças”, disse o blogueiro.
Apesar de a maioria dos moradores da comunidade ter acesso ao programa Bolsa Família, eles – que sobrevivem com cerca de R$ 240 - afirmam que o dinheiro que recebem não dá para comprar a "mistura" para complementar o almoço e o jantar, e acabam saindo à caça de ratos para suprir a falta de carne nas refeições.
O homem que foi encontrado morto, de acordo com o registro feito na delegacia local, era o chefe da família citada na reportagem e teria cometido o suicídio porque devia R$ 150 a um comerciante na compra de uma cesta básica para alimentação dos filhos. Como não tinha condição financeira para quitar o débito, resolveu tirar a própria vida.
Segundo o Portal da Transparência do Governo Federal, somente este ano, o município de Alagoa Grande recebeu pouco mais de R$  4 milhões e 226 mil par atende os beneficiários do Bolsa Família.
'Rato do Junco'
Segundo Ivonete Márcio, bióloga e integrante da Vigilância Ambiental de João Pessoa, o ‘Rato de Junco’ é uma espécie de animal silvestre de hábitos noturnos semi-aquático. “Não há relato de problemas de saúde em decorrência da ingestão do animal. Em muitas regiões isso é consumido, mas devemos ter alguns cuidados com a higienização. O rato pode transmitir algumas doenças típicas das ratazanas”. 
O animal é um roedor maior que o rato-comum-das-casas, de cor geral avermelhadas na região superior e cinza ventralmente.Alimenta-se de partes de vegetais aquáticos, sementes silvestres e cultivadas,mas podem até chegar a comerem animais invertebrados. Os ninhos são construídos em touceiras de capim, geralmente em terrenos brejosos; suas ninhadas chegam a até 10 filhotes.  
Portal Correio

Em Boa Ventura, o desespero e apelo de uma mãe depois de perder o principal sustento da família


Por Delcides Brasileiro/Folha do Vale - A dona de casa Ana Cleide Duarte Duques, de 41 anos, moradora da Rua Mestre Silvino, no conjunto Flávio Arruda, em Boa Ventura, está atravessando um dos piores momentos de sua vida. Há quase três meses, ela está sem receber o beneficio do Bolsa Família, gerando sofrimento e angústia dentro de casa.
                  Casada e mãe de duas crianças pequenas, dona Cleide conta que seu esposo está desempregado. “Minha sorte hoje foi um amigo nosso que deu dinheiro para eu comprar dois quilos de carne”, desabafa ela, que, aos prantos, diz não sabe mais o que fazer para resolver o seu problema. “Há seis anos, eu vinha recebendo o Bolsa Família, que hoje está em torno de 147 reais, mas vai completar três meses que meu nome foi cortado do programa”, lamentou a mulher, ao narrar que já procurou por várias vezes os responsáveis pelo programa no município, mas até agora nada foi resolvido. Dona Cleide disse que chegou a ligar para o programa em Brasília e "informaram que o problema era aqui em Boa Ventura".
                 “Pelo amor de Deus, me ajudem, pois estou sem dinheiro para nada e meus filhos estão sofrendo”. Ela afirmou que seu marido vive de pequenos bicos que faz na cidade e apela para os funcionários da secretaria de Ação Social resolverem o seu problema o quanto antes.
                   Procurado pela reportagem, o gestor do programa Bolsa Família na cidade, Anastácio Cassimiro dos Santos Júnior, respondeu que o cancelamento do beneficio de dona Cleide foi feito pelo Ministério do Desenvolvimento Social, em Brasília. Segundo ele, sua equipe já tomou as medidas necessárias para que a dona de casa volte a receber o beneficio, mas que essa ação é burocrática e lenta. “Não é somente Cleide que está com esse problema, mas também outras dez pessoas. Nós fizemos a atualização dos dados e reversão desse processo e já está concedido no sistema, mas falta a liberação do pagamento e isso quem faz é o próprio ministério”, disse.
                 “O que nós podemos fazer por dona Cleide no momento é solicitar da Prefeitura, através de um parecer de uma assistente social, um beneficio eventual, até que o problema seja resolvido”, afirmou Júnior, ao pedir que a dona de casa espere o dia certo para passar o cartão e, caso não receba o benefício, procure o setor do Bolsa Família para providenciar essa medida. O que pode ter acontecido para ser cancelado esse beneficio, segundo ele, foi o não comparecimento da mulher, por três vezes seguidas, ao recadastramento de dados pedidos pelo ministério, além de algumas inconsistências nas informações prestadas. “ Atualmente temos 250 beneficiários com pendências em Boa Ventura e fazemos um apelo no sentido destas pessoas procurarem o quanto antes o nosso setor competente e atualizar seus dados, para que, num futuro breve, não passem pelo mesmo problema de dona Cleide”, comentou.

 Folha Empresa. Direito Reservado. Proibida reprodução total ou parcial deste texto e imagem. Infratores sujeitos a penalidades cíveis e criminais.

domingo, 28 de junho de 2015

Médico cubano que atuava em Boa Ventura é encontrado morto. Corpo vai ao IML

Por Delcides  Brasileiro/Folha da Vale – O médico cubano Osmany Rodrigues Riveiro, de 45 anos, foi encontrado morto no começo da tarde deste domingo, 28, em um quarto da casa onde morava, localizada na Rua Largo da Concórdia, centro de Boa Ventura.
          O médico, que foi dormir por volta das 22h desse sábado, residia com uma colega cubana, a médica Yordane. Ela desconfiou da demora do médico em acordar e, por volta de 1h da tarde, resolveu abrir a porta do quarto, que estava trancada, mas com a ajuda de uma vizinha, conseguiu abri-la. O corpo do médico estava sobre a cama já sem vida.
           Policiais militares foram acionados, isolaram o quarto e comunicaram o fato à Polícia Civil. O delegado plantonista decidiu encaminhar o corpo para exame cadavérico em Patos para saber a real causa da morte, mas tudo indica que o médico sofreu um enfarte enquanto dormia. Conforme a colega da vítima, o carpo está roxo, mas não apresenta sinais de violência.
          O médico atuava em um posto do Programa Saúde da Família em Boa Ventura havia cerca de dois anos. A notícia da morte do médico deixou comovida a população local, onde o profissional era muito querido e requisitado, e mobilizou os vários médicos cubanos que atuam no Vale, muitos dos quais já estão na cidade para acompanhar a saída do corpo, que deverá ser transladado para Cuba. A informação inicial é que ele era casado e tinha filhos. Foto (Diário de Notícias -  proibida reprodução): Boa Ventura recebeu médico com festa, e agora se comove com uma despedida trágica.

 Folha Empresa. Direito Reservado. Proibida reprodução total ou parcial deste texto e imagem. Infratores sujeitos a penalidades cíveis e criminais.

URGENTE: Médico Cubano é encontrado morto na cidade de Boa Ventura-PB , Mais informações em instantes!