Parece que o ser humano está perdendo a capacidade de ser sensível
com a dor do outro. Como eu gostaria de estar enganado com esta minha opinião,
mas tal afirmação encontra sentido nos vários fatos que vem ocorrendo não só no
mundo, mas aqui, bem próximos de nós, neste sertão, onde observamos histórias
de tragédias sem fim.
Recentemente ocorreram várias mortes em cidades do Vale,
gerando dor e sofrimento entre familiares das vitimas. Mortes sem sentido,
causadas por atos impensados e nutridos, quem sabe, por um sentimento de
liquidar o outro simplesmente por não aceitar a forma do outro ser, claro
utilizando na maioria das vezes da “força” da bebida alcoólica para a prática
de tais crimes.
É a violência escancarada, em casos de desavenças pessoais
por coisas fúteis. São as mortes causadas nas estradas, pelos animais e pelas
negligencias. São vidas ceifadas prematuramente, chamando a atenção nos sites
de informações. Um giro de noticias onde o foco principal é a morte e que rende
ibope, e na grande maioria das vezes, são sempre histórias de sangue que o
outro causou.
E parece que tudo isso é normal. Virou rotina, infelizmente. E
por estar assim, nossa concepção de sensibilidade humana está ficando mais
longe e fria, só causando dor quando é alguém de nosso laço familiar, pois
quando é parente do vizinho ou amigo, se consola e pronto.
É fato. Triste. Mas é fato e pronto: estamos perdendo o
sentimento de sentir a dor do outro. Mata-se a troco de nada hoje em dia e a
perca do próximo não faz mais falta. Falta de fé? De amor ao próximo? De saber
que as leis nem sempre pune? Não sabemos ao certo o que está acontecendo. E para
vermos outra realidade em nosso meio, muda o mundo ou mudamos a nós?
Delcides Brasileiro
2 Timóteo c.3 v.1 ao 5 estão as respostas...
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