segunda-feira, 12 de maio de 2014

Uma pausa para várias interrogações

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Parece que o ser humano está perdendo a capacidade de ser sensível com a dor do outro. Como eu gostaria de estar enganado com esta minha opinião, mas tal afirmação encontra sentido nos vários fatos que vem ocorrendo não só no mundo, mas aqui, bem próximos de nós, neste sertão, onde observamos histórias de tragédias sem fim.

Recentemente ocorreram várias mortes em cidades do Vale, gerando dor e sofrimento entre familiares das vitimas. Mortes sem sentido, causadas por atos impensados e nutridos, quem sabe, por um sentimento de liquidar o outro simplesmente por não aceitar a forma do outro ser, claro utilizando na maioria das vezes da “força” da bebida alcoólica para a prática de tais crimes.

É a violência escancarada, em casos de desavenças pessoais por coisas fúteis. São as mortes causadas nas estradas, pelos animais e pelas negligencias. São vidas ceifadas prematuramente, chamando a atenção nos sites de informações. Um giro de noticias onde o foco principal é a morte e que rende ibope, e na grande maioria das vezes, são sempre histórias de sangue que o outro causou.

E parece que tudo isso é normal. Virou rotina, infelizmente. E por estar assim, nossa concepção de sensibilidade humana está ficando mais longe e fria, só causando dor quando é alguém de nosso laço familiar, pois quando é parente do vizinho ou amigo, se consola e pronto.

É fato. Triste. Mas é fato e pronto: estamos perdendo o sentimento de sentir a dor do outro. Mata-se a troco de nada hoje em dia e a perca do próximo não faz mais falta. Falta de fé? De amor ao próximo? De saber que as leis nem sempre pune? Não sabemos ao certo o que está acontecendo. E para vermos outra realidade em nosso meio, muda o mundo ou mudamos a nós?

Delcides Brasileiro





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