Eu não tenho culpa se tenho amigos que dizem já ter visto
almas. Gosto de fazer os relatos, apesar de nunca ter sentido a presenças
desses seres do outro mundo. Aliás, sobre esse assunto, um leitor deste blog,
sempre que é publicado noticia de almas neste espaço eletrônico, ele faz
questão de comentar, colocando passagens bíblicas sobre o assunto.
Gostaria de dizer que nossas publicações dizem respeito
somente ao campo imaginário e cultural do nosso povo (embora esses amigos
acreditem no que viram e ouviram), não enfatizando a questão cientifica nem
muito menos religiosa. De qualquer forma agradeço as explicações, que estão na
parte dos comentários, embaixo das matérias sobre o assunto.
E ainda sobre alma, daquelas bem penadas mesmas, outro amigo
meu, que também jura ter visto uma, me procurou para contar o seu relato. “Você
me escuta direitinho pra você colocar no blog, porque essa história é
verdadeira, viu”, disse ele. “Pode contar”, respondi.
Ele trabalha no HPP (hospital de pequeno porte), daqui da
nossa cidade. Estava de serviço, ele e outro colega, quando o companheiro seu
pede para ir em casa devido a uma dor de dente. Ele pega uma maca, encosta-se a
uma parede do salão e fica pensando na vida.
Pensamento vem e pensamento vai, eis que de repente começa a
escutar vozes, e ao olhar de lado, percebe claramente, segundo ele, a presença
de uma senhora gorda, cabeça amarrada e falando com alguém.
Ele disse que não entendia o que ela estava falando e ao
perceber que ele estava olhando, ela passa ao lado dele e vai embora. “Eu
fiquei duro de medo. Não conseguia me mexer. Comecei a rezar ai fui se
movimentando normalmente, e sai atrás dela, mas a mulher desapareceu”. Narrou.
Ele falou que não conseguiu reconhecer quem era. “Mas ela
estava nervosa e falava alto. Talvez quisesse alguma coisa ali. Isso aconteceu
ano passado, e desse dia até hoje nunca mais fiquei sozinho ali. Ele contava
tudo isso e mostrava a toda hora que estava se arrepiando e com semblante de
quem estava falando a verdade.
Quem estava na hora dessa conversa era Bau de Genora, que
acreditou na história e ainda contou que também um irmão seu, já falecido,
apareceu a ele, certa noite, e acredita que seja pedindo orações.
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