Prometi publicar no nosso blog uma matéria sobre algumas
pessoas que fizeram com que a mulher que seqüestrou a criança em Boa Ventura
fosse presa. Fiz algumas tentativas para conversar com essas pessoas, no
entanto, não consegui êxito. Elas não querem mais falar sobre o assunto.
Neste caso, os dois seriam a avó da criança raptada e o jovem
que acionou a Policia Militar, avisando que um carro levando uma criança
vizinha dele, estaria passando em frente ao destacamento da PM. Vizinhos dos
dois, no sitio Várzea da Cruz, contaram que eles, sobretudo, a senhora, agora
vive mais em Itaporanga.
Ela ainda está assustada e muito calada, disse um vizinho. Decidi,
então, para não prejudicar sua saúde, não mais fazer procura-lá. Mas gostaria
de dizer que o trauma deixado pelo crime e também pela tentativa do seqüestro,
que também deixou os pais de uma criança na cidade de Boa Ventura conturbados,
mexeu com toda a comunidade local.
Uma senhora me contou ontem que o seu filho, de sete anos de
idade, está com receio de andar sozinho pelas calçadas da vizinhança. “Ele não
pode ver um carro da mesma cor daquele que a mulher estava raptando a criança,
que ele fica com medo e corre para dentro de casa”, contou ela.
É certo que, por ser uma comunidade pequena e tranquila a
repercussão do caso ainda está á tona, mas acredito que aos poucos todos vão
superando toda essa situação. E outra temática importante nesse contexto, é com
relação a praticar justiça com as próprias mãos.
Ninguém pode agir pela emoção, pelo impulso ou pela vontade
de fazer justiça. Ora, para isso existem os órgãos competentes. Na noite do
fato, uma multidão gritava justiça, até aí tudo bem, mas partir para tentar
praticar agressão com acusados não se pode tolerar, porque depois de alguma atitude precipitada um inocente poderá pagar a conta e ai outro crime estará sendo praticado.
Graças a Deus e ação eficaz dos Policiais Militares, os ânimos
foram contidos quando da retiradas dos mesmos para Itaporanga, sendo um dos
acusados solto em seguida, por nada ser provado contra ele.
A jovem foi indiciada, mas também somente o poder judiciário
poderá determinar uma pena para ela, depois de todo tramite e da própria defesa
da mesma. É claro que, quando, sobretudo menores inocentes são vítimas de crimes,
um senso de ódio e justiça perpassa os sentimentos da comunidade, e isso não dá
o direito de substituir as leis nem tampouco os órgãos existentes para fazer
valer sua aplicabilidade.
Informações dão conta de que a jovem indiciada sofreu um
trauma de uma gestação que não chegou ao seu fim e que o crime cometido por ela
poderá ter sido reflexo de um ato impensado, já que a mesma é uma estudante estudiosa
e uma jovem de uma família de bem e que ela não teria motivo nenhum para
praticar o delito. È tanto que a mesma, de acordo com outras informações,
passará por um tratamento psicológico. E tudo isso vai ser analisado.
Então, diante do exposto, tudo o que aconteceu mexeu com
todos, principalmente com as vítimas, mas ficam as dicas: superar o que ocorreu
e nunca tentar se deixar agir pelas emoções.
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