domingo, 15 de setembro de 2013

Leitor do blog defende demolição do grupo João Cavalcanti Sula e diz que vai fazer campanha para que Boa Ventura ganhe uma escola moderna

A LUTA PELO NOVO JOÃO CAVALCANTI SULA

Olá, amigos! Tudo bem?
Espero fortemente que estejam todos bem, na Santa Paz de Deus!
É um prazer imenso escrever-lhes!

Ouvi boatos de que a Escola João Cavalcanti Sula não mais vai ser demolida para a construção de uma nova. É lamentável! Escrevo-lhes esse texto, sobretudo, para poder expressar esse fato que trouxe tristeza e desânimo aos docentes, funcionários, discentes e a população em geral, da nossa tão amada Boa Ventura!

O fato que nos deixa perplexo, sem embasamento, sem fundamentos, sem mínima compreensão, é: “Por que não derrubar as ruínas estruturais do João Cavalcanti Sula e, de fato, construir uma escola modelo, padrão, de acordo com a educação a nível nacional?”. Por que não? Isso, sinceramente, nos revolta! Só não aconteceu por influência de pessoas da nossa própria cidade - certamente alguns que não se preocupam com o futuro dos cidadãos. Analisando as opiniões de pessoas que, sem fundamentos lógicos, são contra a construção de uma nova escola, extraí essa opinião: “Continuo apelando para os filhos de Boa Ventura que aí moram e os que estão fora, para se organizarem em defesa do João Cavalvanti Sula.”

Esse comentário nos direciona a um sentido de que há alguém sendo perseguido para morrer, alguém quer “matar” a escola, ou, no mais específico, com sentido de destruição (extermínio) da escola. Oportunamente, pergunto-lhes: O João Cavalcanti Sula vai ser aniquilado, exterminado, extinto, vai desaparecer? Obviamente que NÃO

De acordo com o que se propunha, ocorreria a transformação do velho monumento em uma escola modelo, de acordo com padrão de educação nacional, com uma infraestrutura de primeiro mundo, para que, futuramente, os nossos filhos – e aqueles que ainda estão por vir - pudessem estudar numa escola digna, de acordo com o contexto em que futuramente vão ser inseridos.

Noutro momento, outro leitor opinou: “Não podemos permitir que mais uma vez forasteiros venham soterrar a história da nossa cidade.” De antemão, quem são os forasteiros que querem acabar com a história da gente? Creio que ninguém! Como Boa Ventura ainda não tem engenheiros é preciso que venham de fora. 

Mas não são forasteiros com a intenção de soterrar nada, apenas em função do trabalho. Gente, tentemos sair do padrão de alienação no qual a maioria está inserida. Se todo o problema é o patrimônio que vai ser modificado -  para o bem de todos – então quem tiver com essa preocupação, capture fotos, forme arquivos, monte um acervo. Guardemo-nas, portanto, em qualquer um desses meios. Ninguém pode apagá-las. E, sobretudo, na memória e no coração.

 Aí surge a pergunta: Por que, então, preconizar um monumento que, atualmente, pra nada vai servir? Sim! Vai servir se for transformada em uma escola padrão. Chega de alienações, pessoal! Vamos ter uma visão progressista! Vamos ser, sobretudo, empáticos! Eu, particularmente, como ex-estudante da João Cavalcanti Sula, desejaria uma escola digna, uma escola padrão, uma escola equiparada com as outras escolas modelo do Estado da Paraíba. Esse meu querer é reflexo para todos, e seria bom pra todos os estudantes que por lá vão estudar.

Novamente, pergunto-lhes: Qual a finalidade de um monumento, sem  condições de uso, impossível de ocupação, sujeito a desabar qualquer momento, e, Deus nos livre sempre, acontecer algo mais tenebroso? Algum dos defensores poderia se explicar e, sobretudo, fundamentar-se? De que maneira aquele prédio, em condições desumanas, e inviáveis de reforma - até porque nada se aproveita -, poderá contribuir para progresso da nossa sociedade, dos nossos cidadãos, de nossa querida Boa Ventura? 

Respondam-me, defensores! Sabe-se que toda sociedade deve ter zelo ao patrimônio histórico, desde que este não comprometa o progresso e ascensão dos indivíduos, no mais geral, da sociedade. Devemos ter maior preocupação com a cultura da nossa sociedade, que é aquilo que é produzido por ela, fruto das relações sociais, convivências e anseios de um povo. Isso é o que de fato deve ser vivenciado e preservado.

 E ela, por sua vez, vai estar presente de geração em geração. Em contrapartida, um patrimônio histórico pode, a qualquer momento, não mais existir, caso interrompa o progresso e ascensão da sociedade, como acontece conosco. Qual o progresso que um prédio inutilizável nos traz? NENHUM! Agora, caso se transforme em uma escola modelo - como queremos – iria nos produzir valiosos frutos, já que o progresso depende estritamente da educação. Devemos nos lembrar de que a cultura provém da ação humana, e esta, por sua vez, só vai ser boa se for proveniente da educação. E como podemos produzir uma boa educação naquele “velho” prédio, sem condições de uso, por parte da infraestrutura comprometida?

Eu só quero simplesmente que os opositores a nova construção da escola refletisse um pouco mais, tivessem uma visão sistêmica de mundo e progresso e uma relação de empatia. Reflita caro leitor, direcionando essa pergunta a você: Eu queria estudar ali, nas condições em que o prédio deteriorado se encontra? Eu queria que meus filhos estudassem ali? A reflexão é de muita valia nestas horas, no mais a empatia. É triste dizer que a escola está inutilizada, mas é um fato social que precisa de uma valoração por parte da sociedade, pois está retrógrada, ficou para trás, deteriorada e, por conseguinte, precisa da tomada de decisão para resolução do fato.

Peço-lhes, encarecidamente, como cidadão preocupado com os nossos futuros cidadãos que ali vão se formar, permitam a demolição do monumento que, consequentemente, haverá a construção de um novo João Cavalcanti Sula, apenas com “roupas” diferentes, nada vai mudar; do contrário, o progresso está por despontar. Entendam de uma vez por todas que o nosso maior patrimônio é o que foi produzido ali. 

Todos os frutos daquela escola são propriamente o patrimônio do nosso município. Pensemos que ela vai ser modelo, padrão, de extrema qualidade, digna aos nossos estudantes. Nem todos vão concordar, mas vai lá: “Quem vive de passado é museu”. Educação e conhecimento não podem ser retrógrados, imutáveis, fixos, mas, sim, dinâmicos. A educação deve adequar-se ao contexto social, ao passo que o tempo avança, obrigatoriamente, a sociedade deve mudar, e os indivíduos que nela convivem também devem mudar.

Penso que a todo o processo de evolução é preciso obrigatoriamente um processo de adaptação. E é fato que todos nós temos medo de mudança. Esse é o grande problema que nossa Boa Ventura enfrenta. Devemos, portanto, atualizar-nos, termos uma visão progressista, de futuro. Hoje, as coisas evoluíram, o tempo passou, e a sociedade teve necessidade de mudar. A mutabilidade nos indivíduos, com o tempo, proporciona adaptação.

É triste saber que pessoas boaventureses querem defender o padrão antigo, achando que as coisas antigas devem sobrepor as atuais, a realidade. Devemos, sim, defendermos o progresso e o melhor para toda a população, visando o bem comum, a boa vontade. Não é justo, sob minha vertente, que um cidadão, FULANO DE TAL, nato de Boa Ventura, que mora em outra cidade, constitui família em outra cidade, contribui imposto para outra cidade, tendo filhos estudando nas melhores escolas da PARAIBA, como, por exemplo, o GEO e MOTIVA, e, de forma arbitrária, imperativa, querem dizer que o João Cavalcanti Sula, que está estruturalmente defasada, deve permanecer como está, inalterável, fazer retoques aqui e ali, e tudo estaria resolvido, dizendo por aí que é a melhor escola do mundo, e dando muita atenção ao patrimônio histórico, como se esse “tal” de patrimônio servisse de alguma coisa, no contexto em que estamos inseridos. 

Os filhos dos que se dizem super-homens, dos que se dizem defensores e preocupados com a cidade, não passam de demagogos. Venham pra luta em prol da socidade! E vamos lutar, de uma vez por todas, pelo que é digno para nós! Agora me respondam, onde estudam os vossos filhos? Hein? No GEO e MOTIVA, né? Ah! Bom! Pensei que estudassem no velho “João”. Pois bem, tragam-nos para estudar aqui, no João. A partir daí, vamos ver qual será a vossa posição.

Se vocês estão preocupados com o patrimônio, retratem o a escola em fotos e, sobretudo, na lembrança. Tudo o que foi produzido por ela é um patrimônio, é uma recordação, é um bom fruto. Isso basta! Aqueles que defendem a não construção, que por sinal nem se preocupam, certamente seus filhos estudam em escolas particulares, sobretudo em padrões consideráveis. Investiguemos, pois, e prestemos atenção se os filhos destes “defensores” estudam no João Cavalcanti Sula. 

Do contrário, estudam nas melhores escolas particulares de Itaporanga e de outros lugares. Então, para eles, tudo está normal. Eles ainda dizem: “Meus filhos, graças a Deus, estão encaminhados para o futuro”. Aí, oportunamente, pergunto-lhes: E o meus filhos, e os filhos dos meus parentes, e os filhos da maioria da população boaventurense que não tem condições de pagar escola particular. Como fica situação deles? Sinceramente, meus amigos, falta coletividade e empatia para com o próximo.

Então, senhores defensores do tão falado patrimônio histórico, busquem meios para assistir estes que estão em desigualdade social, diferentemente dos seus filhos que já estão encaminhados a um futuro promissor. Deixem que aconteça o progresso em nossa cidade, deixem de serem promíscuos, pensem naqueles que não conseguiram o que os vossos filhos tem. Se tanto brigam por patrimônio, registrem-no, sejam em fotos, álbuns, books digitais, etc. Esses meios servem para essa finalidade! O que não pode morrer é a nossa cultura, que é algo que prevalecerá de geração em geração, os costumes, as normas e os valores de nossa terra. Essas, sim, devem ser guardadas.

Por fim, não posso deixar de lembrar que já se passaram vários estudantes pelo João Cavalcanti que “venceram” na vida, e, se Deus quiser, vão passar mais e mais, atingindo seus objetivos, e chegando ao ápice dos sonhos. Isso que é importante. É a nossa moral e cultura que prevalecerão.

Portanto, pensem, reflitam e façam essa mensagem chegar até o ente competente, para que o nosso progresso e futuro sejam garantidos!

Por ANTONIO DE PÁDUA TÉU DA SILA

15 comentários:

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  5. Parabéns Antonio! É isso mesmo! conversamos sobre isso na semana passada. Comungo desse mesmo pensamento! Temos que pensar no MELHOR para nossa cidade, para os que realmente precisam!


    Eduardo Freitas

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  10. GOSTARIA DE PEDIR AOS AMIGOS E AMIGAS LEITORAS QUE PROCUREM SE IDENTIFICAR, PORQUE TER MEDO DE FALAR O QUE PENSAM? SIM, O AUTOR DO TEXTO EXISTE DE FATO E DE DIREITO, NÃO É CODINOME NÃO! É CONHECIDO E MERECE APLAUSOS PELA CORAGEM DE DIZER O QUE PENSA SEM SE ESCONDER EM NOME FALSO OU NO ANONIMATO!

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  11. estou com você Antonio, nessa campanha pelo futuro da educação na nossa cidade, todos os boaventurenses devem se dar as mãos para que haja melhoria naquela escola, concordo que é melhor derrubar o "monumento histórico" para a construção de uma escola modelo, do contrário, aí sim ela "morrerá" de verdade!

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  12. Querida(o) leitor anônimo,
    Só queria te dizer que, segundo engenheiros que vieram ao prédio,uma reforma não seria suficiente. Eu não entendo de engenharia, no entanto quem, de antemão, propôs a demolição certamente entende, pois se trata de um engenheiro civil. O nosso maior patrimônio é aquilo que por ela foi produzido, os bons, que se destacam merecidamente na socidade, no mundo afora. Isso é uma opinião minha, querida(o)! E, sob argumentos, a defendi. Agora, pra você que é hipócrita, tenha maiores fundamentos. Quando disser que não concorda com algo, argumente-se fundamentalmente. Só queria te lembra que você, em momento algum, esteve presenciando o que realmente nos acontece. És uma mera espectadora! Não sabe nada sobre o nosso contexto social. Você, como se diz tão intelectual e defensora do patrimônio histórico daqui, arregace suas mangas e se disponha, como nós estamos fazendo, a ajudar. Venha constatar a situação da escola. Venha saber se ela atende ao padrão nacional de educação. Seja empática(o). Ponha-se no lugar dos meus que aqui estão. E, por fim, só queria te lembrar que podes realmente expressar o teu pensamento, sem o anonimato, pois este é crime, veja o art. 5 da CF, inciso IV.

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  13. Anonimato é coisa de quem tem medo de expôr o que sente acerca de um fato. Caro amigo, que por sinal já o deduzi, já o conheço, da próxima vez, identifique-se! Ninguém iria te repudiar. O que poderia acontecer era que alguém refutasse a sua ideia, não concordar com o que você disse, somente. Diga o que quiser... Essa foi uma ideia minha e vou defendê-la. Você acha proibido expressar uma opinião de um fato social, como expressei? Creio que não. Simplesmente foi o que fiz. Faça-o também. Queremos chegar ao estabelecimento de um bem comum aos que aqui vivem. Não é justo preconizar um "velho" prédio e, em contrapartida, dar valor a um patrimônio, esquecendo que aquele prédio poderia ser transformado e construído de acordo com os padrões educacionais. Se fosse uma ação tão má assim, demoli-lo para a construção de um novo, creio eu, o estado iria intervir, mas não, é o próprio estado que está propondo a nova construção. Entenda amigo, tantas e tantas outras cidades queriam ter a oportunidade que nos é concedida. Por que desperdiçá-la? É algo de muita valia para nós. Investimentos como estes que estão a ser direcionados para a nossa população não caem do céu. Já foram lutas e mais lutas pra se chegar até aqui. Não é justo que desistamos logo agora. É preciso fortemente abraçar as oportunidades que nos são concedidas.
    ANTONIO TÉU

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  14. Gostaria de dizer que respeito e admiro a opinião de Antonio Téu, as pessoas devem realmente lutar e defender aquilo que acreditam, porém não comungo da mesma opinião, não necessariamente em tudo, acredito que o importante é a educação e o futuro dos que estudarão no JOÃO CAVALCANTI SULA, por isso entendo o posicionamento de Antonio. Sou totalmente leigo no que diz respeito aos aspectos da engenharia do prédio, contudo, acredito que prédios com estruturas muito mais comprometidas já foram recuperadas, com isso quero dizer que acredito que a estrutura física do prédio pode ser sim, recuperada e mantida. Além do mais, basta ter um mínimo de bom senso para saber que os problemas enfrentados pela nossa escassa educação nos dias de hoje não estão na estrutura física das escolas ou faculdades, os maiores problemas são as condições e incentivos dados aos profissionais de educação, não há nenhum tipo de valorização de professores, se o governo quer fazer algo pela educação, vai lá, recupera o prédio com a estrutura que ele tem, e insere lá dentro materiais de primeiro mundo aliado com condições dignas aos professores e alunos, pois repito, não precisa muito pra saber que a estrutura de primeiro mundo pode muito bem ser aplicada em qualquer prédio, desde que este forneça segurança necessária aos que ali frequentam. Vários são os exemplos de faculdades ou escolas históricas que continuam com as suas estruturas físicas, inclusive antiga/histórica, e os resultados obtidos não deixam à desejar em nada as chamadas estruturas "modernas". Portanto, acredito que a estrutura física e o contexto histórico do prédio podem sim, ser mantidos, e inseridos dentro dessa estrutura materiais de primeiro mundo, e o que é mais importante, condições dignas aos professores, falo em condições no sentido mais amplo da palavra, como foi dito, os fatos mostram por si só que o problema da educação no nosso pais, andam longe das estruturas físicas das escolas. Aqui deixo meu abraço a todos e o meu respeito a todas as opiniões aqui expressadas. Diego Guimarães.

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  15. Permitam-se deixar minha opinião também.
    1. Qualquer projeto precisa ser construído conversando com os professores, alunos, funcionários e sociedade boaventurenses que são os maiores interessados imediatos dessa obra. Deveria se promover uma audiência púbica para isso.
    2. Deve haver um projeto! Não um improviso.
    3. Por se tratar de obra histórica e afetivamente cara aos boaventurenses, penso que DEMOLIR nunca deveria ser considerado. REFORMAR sim, demolir, NUNCA.
    4. Pensem na possibilidade de se demolir uma obra secular feita com material de alta qualidade e estes serem substituídos por estruturas pré moldadas, verdadeiras latadas estilizadas. Essa aberrante "quadra" construída na frente da escola já contribui para a péssima visão de educação e utilização sensata de espaço e dinheiro públicos que alguns irmãos nossos, filhos da mesma terra, possuem.
    5. Ninguém duvida que educação, como principio, seja ótima, importante e necessária, MAS, com quais modelos, meios, objetivos???

    Respeito e acho justa a manifestação de Antonio Téu. Não queria polemizar, apenas apresentar outra visão ou contraponto.
    Saudações e bênçãos!
    Padre Luciano Freitas.

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