Desde
pequeno, quando era aluno, sempre ouvi alguns professores dizerem que no dia de
hoje, 22 de abril, há muito tempo, os portugueses tinham descoberto o Brasil. E
mesmo sem ter muita noção das coisas e sem saber questionar tudo que ouvia
ouvido adentro, eu ficava meio cismado com aquelas declarações em sala de aula.
Primeiro:
quando algo é descoberto é porque ainda não foi visto ou sentido por alguém.
Segundo: se os portugueses chegaram ao nosso solo e encontraram os índios é
obvio que aquele pedaço enorme de terra já não era um deserto, alguém ali
morava. Ora, um povo, uma tribo, pessoas ali já tinham raízes fincada naquele
chão.
Estava na
cara que alguns dos meus professores daquela época não estavam fazendo as
colocações corretas, ou os termos adequados para narrar o que acontecera há
quinhentos anos, quando os portugueses chegaram ao Brasil e começou todo um
processo de colonização, com muita exploração de nossas riquezas e da mão de
obra barata dos indígenas.
Hoje em dia
já não se usa mais essa expressão de descobrimento, creio que não, até porque
os próprios livros didáticos usado em salas de aula são críticos à própria história,
quando esta deixa margem a alguns questionamentos.
Os portugueses,
segundo nossa história oficial, chegou ao Brasil por engano, já que a rota era
outra, mas ventos fortes fizeram com que as embarcações mudassem a direção e
chegassem aqui. Ficaram admirados com as belezas naturais e com a riqueza da
cultura dos índios. Ta tudo escrito na carta do escrivão Pero Vaz de Caminha.
Com o passar
do tempo e vendo que as terras eram valiosas começam o trabalho de colonização,
tendo que, enfrentar sangrentas batalhas com outras nações que também almejavam
nossas terras.
Esse processo
todo de colonização demorou anos até que, se deu a independência, isto é,
brasileiros natos ou não, já não suportavam mais ver Portugal mandando e
desmandando no Brasil, e que este teria de tudo para ser um país independente. E
aí é outra história longa e com mais questionamentos, que poderemos em outra
oportunidade debater, mesmo que de forma resumida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentario.