De acordo com a polícia, homem é acusado de estuprar menores.
Ele também é suspeito de extorquir quase R$ 100 mil de três mulheres.
Um homem de 41 anos foi preso suspeito de se passar por delegado da Polícia Federal e por praticar outros crimes, como extorquir quase R$ 100 mil de três mulheres e de estuprar uma criança e uma adolescente em Sorocaba (SP). De acordo com as investigações da Polícia Civil, a prisão foi feita na sexta-feira (27), mas o caso já era investigado há pelo menos duas semanas.
Segundo a polícia, Wilson Rogério Rosa morava em um condomínio em Itu (SP) e era respeitado pela “posição social” que tinha. Por andar com fardas e afirmar que fazia parte do Exército, o homem era reconhecido pelos vizinhos e chamado até de “doutor”. De acordo com a polícia, ele afirmava para as vítimas ter passado recentemente em um concurso de juiz federal e aguardava ser chamado. Além disso, o homem alegava que acumulava funções e dizia fazer parte do Exército e da Marinha Brasileira.
Durante a prisão, o suspeito foi surpreendido pela polícia em um shopping localizado no Jardim Santa Rosália, localizado em um bairro nobre de Sorocaba. Com ele foram encontradas fardas, que o suspeito usava para se passar por delegado da Polícia Federal e aplicar os golpes, além de cápsulas calibre 357 e munição de uso restrito. Na ocasião, o suspeito jogou o celular contra a parede, o que fez com que a polícia desconfiasse que ele estava tentando eliminar o conteúdo do aparelho telefônico.
Depois de desbloquear o aparelho, os policiais encontram imagens de abuso sexual de duas adolescentes. Conforme as imagens, foi constatado que o suspeito estuprava as meninas, que ficavam vendadas.
Duas das vítimas, incluindo a mãe das meninas, registraram boletim de ocorrência. Uma das meninas informou em depoimento à polícia que os abusos eram diários. Ainda de acordo com o depoimento, o estupro fazia parte de um “tratamento utilizado para emagrecer”, onde o homem dizia que as meninas precisavam ser vendadas para que o laser, material que ele teria aprendido a utilizar no Exército, não as cegassem.
A dupla alegou que ainda que o suspeito utilizava de anestésicos antes de praticar os estupros e que elas não deviam contar sobre o “tratamento” para a mãe. Imagens do celular comprovam as ações e mostram também que ele prometia aparelhos eletrônicos em troca das relações sexuais.
Golpes contra mulheres
Ainda conforme a polícia, durante o período de um ano e meio, o suspeito aplicou golpes em pelo menos três mulheres. Em um dos casos, uma gerente de banco com quem ele mantinha um relacionamento sofreu um prejuízo de pelo menos R$ 70 mil entre empréstimos e financiamentos de carros de luxo.
Ainda conforme a polícia, durante o período de um ano e meio, o suspeito aplicou golpes em pelo menos três mulheres. Em um dos casos, uma gerente de banco com quem ele mantinha um relacionamento sofreu um prejuízo de pelo menos R$ 70 mil entre empréstimos e financiamentos de carros de luxo.
A polícia informou que ele afirmava para a vítima que fazia parte de um “esquema” que faria com que o dinheiro dobrasse de valor e também alegava que a quantia seria destinada a um advogado responsável pela separação.
Além da vítima, o suspeito mantinha um relacionamento com outras duas mulheres. De uma delas, dona de uma livraria na Vila Progresso, ele extorquiu pelo menos R$ 20 mil e também conseguiu dinheiro de uma idosa através do uso do cartão de benefício de aposentadoria dela. Ao todo, a polícia suspeita que ele tenha conseguido mais de R$ 100 mil.
Conforme análises da polícia, Wilson Rogério Rosa esteve 17 anos preso por estupro, estelionato e latrocínio. O golpista estava em liberdade condicional há pouco mais de um ano, período onde os crimes foram registrados em Sorocaba. Ele foi preso em flagrante e encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Sorocaba.
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