O Conselho Tutelar de Boa Ventura
voltou a ser acionado pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos por causa de
diversas ligações telefônicas anônimas que estão sendo feitas para o Órgão, em
Brasília, dando conta de que no município está ocorrendo casos de supostos
abusos sexuais. Além do Conselho Tutelar, o Ministério Público e até mesmo a
Policia Civil também estão sendo acionados para apurar essas denuncias. Sábado
passado, 28, uma viatura da policia civil esteve em Boa Ventura à procura de
supostas vítimas que são citadas como pessoas que moram na rua José Rodrigues,
centro da cidade, mas que, de fato, segundo moradores relataram aos policiais,
naquela rua não existem as pessoas que as autoridades procuravam. Segundo os
Conselheiros Tutelares, o que está acontecendo é a volta do trote, que está
sendo feito através de ligações telefônicas anônimas para Brasília e de lá é
enviados ofícios ao Conselho Tutelar e demais autoridades para que investigue e
se for o caso tomem as providencias cabíveis. “Não faz muito tempo que éramos
acionados constantemente e em todos os casos não batiam nomes de vítimas e
acusados, nomes de ruas, locais de referencias, em fim, investigávamos tudo e
nada era encontrado como descreviam os dados dos ofícios recebidos, isto é, tratava-se
de trotes, e agora começamos a receber ofícios com dados de endereços e nomes
com as mesmas semelhanças. E nessas denuncias a cidade de Boa Ventura é citada
e em alguns casos as ruas existem, mas não existem as pessoas citadas”, disse
Cid Alves, presidente do Conselho Tutelar de Boa Ventura. Ele disse que o
promotor de justiça esteve em Boa Ventura no ano passado para analisar e tomar
as providencias com relação aos fatos e que um inquérito policial seria aberto
para investigar de onde estariam partindo os trotes. Falou que esse encontro,
que também contou com a participação de outros órgãos de defesa das crianças da
região, foi bastante divulgado na época e que os trotes tinham parado, mas que
agora “essa brincadeira de mau gosto voltou”. “Todos os ofícios e comunicados
que chegam até o Conselho Tutelar são apurados, pois é dever e obrigação da
entidade apurar, mas não encontramos ninguém e nem fatos como os repassados
para a gente. Lamentar tudo o que está ocorrendo e dizer que o Conselho Tutelar
e demais autoridades vão tomar as providencias no objetivo de descobrir quem
são os autores desses trotes e enquadra-los na forma da lei”, concluiu o
presidente.
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