Transmissor da febre chikungunya é o mosquito aedes aegypt, o mesmo da dengue. Brasil vai estar mais vulnerável durante a Copa do Mundo.
Pesquisadores brasileiros e franceses estão preocupados com o risco de entrada de um novo vírus no Brasil. E o transmissor a gente conhece muito bem.
O vírus tem um nome difícil de pronunciar: chikungunya. E é transmitido pelo mosquito aedes aegypt.
A
febre chikungunya ficou um longo tempo restrita à África. Por volta de
2004, o vírus migrou para a Ásia e também para a Europa.
Os
sintomas mais comuns são parecidos com os da dengue, apesar de não
haver parentesco entre os vírus. A única diferença é a dor intensa nas
articulações, que pode durar meses.
“É
uma dor que pode ser incapacitante, ou seja, que impeça a pessoa de se
locomover adequadamente, e que pode permanecer durante um bom tempo
depois do desaparecimento da febre”, explica o infectologista Celso
Ramos.
O chikungunya não tem a forma hemorrágica. E não tem vacina. Para tratar, é preciso cuidar dos sintomas.
Por
enquanto o Brasil só registrou casos importados de chikungunya, ou
seja, pessoas que foram infectadas fora do país. Mas o surgimento de
casos em algumas ilhas do Caribe, e também na Guiana Francesa, que faz
fronteira com o Amapá, deixou os pesquisadores brasileiros em alerta.
Para eles, o risco de transmissão da doença aqui é real.
O
pesquisador Ricardo Lourenço, do Instituto Osvaldo Cruz, no Rio,
coordenou o estudo sobre a nova doença com o Instituto Pasteur, de
Paris. Segundo ele, a prevenção é igual à da dengue: evitar água parada
onde os mosquitos se reproduzem.
Ricardo Lourenço afirma que o Brasil vai estar mais vulnerável à chegada do chikungunya durante a Copa do Mundo.
“Quando
tem viajantes chegando de áreas endêmicas e epidêmicas, estando muito
próximo do Brasil, e havendo eventos como Copa do Mundo, faz um fluxo
muito grande e aumenta a vulnerabilidade, portanto, as chances de
transmissão local”, declara Ricardo Lourenço, pesquisador do Instituto
Oswaldo Cruz.
O Ministério da Saúde declarou que tem treinado médicos e laboratórios e orientado secretarias municipais e estaduais.
Jornal Nacional
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