" Delcides, cuidado com o que tu escreves, viu?", esta foi a intimidação feita ao jornalista pela diretora do grupo João Cavalcanti Sula

   Ao tomar conhecimento de que uma equipe da Suplan se encontrava no grupo João Cavalcanti Sula, agora á tarde, 12, este editor, que mora em frente à unidade escolar, procurou manter contatos com essa equipe, que de pronto foi gentil e atenciosa para com o editor.

   No entanto, para surpresa desde editor, logo na entrada da escola, a diretora Janaina Alvarenga foi logo avisando: “Delcides, cuidado com o que tu escreves, para não criar movimento, dizendo que a escola vai ser demolida”.

   Confesso que fiquei surpreso, mas logo fui lhe respondendo: “Cuidado? Ora, se tu estás tão sentida, procuras a Justiça, e aciona o Secretario de Obras do PAC, Ricardo Barbosa, porque quem falou isso foi ele, e eu tão somente publiquei. E falou na presença de funcionários desta escola”.

   Dei a resposta e segui o pessoal da Suplan pelos corredores da escola, e também aproveitei a oportunidade e disse para todos os presentes: “ Ninguém vai me proibir de publicar os fatos desta escola e nem de Boa Ventura, porque sou da imprensa, e a liberdade de expressão é garantida”.

    Acompanhei uma parte do levantamento e fui-me embora, com os dados em mãos. Sou formado pela Universidade Federal da Paraíba, em jornalismo, e atuo na área há mais de dez anos. E desde que moro em Boa Ventura, tenho procurado divulgar o município em todos os seus aspectos, e talvez nem um filho desta terra, por mais que a ame, tenha divulgado Boa Ventura como eu.

    Aliás, modesta parte, foi através dos meus escritos, que a situação do grupo foi mostrada para toda a Paraíba, e a sua repercussão chegou ao ponto do próprio Secretario do Estado visitar a escola.

Pois bem, durante todo esse tempo é a primeira vez que sou interrogado desta forma. E digo mais: A diretora não leu a matéria ou se leu não entendeu o texto. Eu não disse que a escola iria ser demolida, apenas escrevi o que Ricardo Barbosa disse.

    Por que tenho consciência do meu oficio e de minhas responsabilidades. A função de jornalista é minha enquanto vida terei, e não passageira, como algumas funções existentes, como exemplo alguns cargos comissionados no estado.

    E outra: Se a diretora está tão sentida pelo debate causado pela matéria, acho um tanto melindroso para ela, porque se o Governo do Estado decidir pela demolição, ela terá que defender essa ação, já que o cargo dela é de confiança.

   Não sou criança e nem irresponsável para publicar fatos inexistentes. Se o nosso blog começa a incomodar é sinal de que estamos na linha certa do jornalismo. No dia em que a democracia e o direito ao contraditório estiverem incomodando é porque tudo está andando nos trilhos certos, e este é o meu dever de cidadão, que ama muito esta terra, e também de profissional sério e comprometido com a justiça, não importando incomodar quem se acha que está acima de todos.