domingo, 21 de julho de 2013

A pior dor do mundo é a dor de uma mãe que perde seu filho

Imagen internet
   A dor de uma mãe ao perder um filho é a maior de todas as dores do mundo. A mãe que já passou por isso sabe muito bem. É uma dor que não passa nunca, apenas alivia em alguns momentos, porém, sempre retorna. Esse tipo de dor é tão cruel que chega a tirar o ânimo para continuar na luta pela vida.
   Ela é tão nefasta que não tem nome. O filho que perde a mãe é órfão, mas que nome dá a mãe que perde um filho? Essa dor causa um profundo sentimento de vazio, de desespero e de solidão em qualquer mãe do mundo, seja pobre, rica, negra, branca, crente em Deus ou não.
  O percurso natural da vida são os filhos sepultarem seus pais, e não o contrário. Quando acontece o inverso dessa verdade, o choque, a perplexidade e tantos outros sentimentos vem à tona, deixando a todos como se estivessem à deriva em um mar de desilusões.
   A mãe de Jesus Cristo passou por essa dor, ao ver seu filho ser crucificado e morto inocentemente em uma cruz. E as mães que sofrem ao verem seus filhos partirem precocemente se associam, nesse momento e sempre, á dor da mãe de Jesus.
  Ontem, vi de perto o clamor da mãe do jovem que faleceu vítima de acidente de carro em São Paulo. Ela estava no quarto deitada em uma cama, chorando e gritando, sendo acalmada por outras tantas mães, amigas, vizinhas e parentes.
  Era de arrepiar ouvir os gemidos e os clamores daquela mãe. Um ambiente de tristeza, de agonia e de muito sofrimento. Sai logo, e a caminho de volta para casa, meus ouvidos só teimavam em ouvir o eco de lamentação daquela pobre mãe. E quando o corpo do filho chegar de São Paulo? E quando essa mãe estiver vendo seu filho ser sepultado? De onde essa mãe vai encontrar forças para encarar toda essa situação?
  O pai sempre é mais forte, embora tudo ao seu redor seja um isolamento de dor e desilusão. A mãe é frágil, sempre é assim. É sentimento, é lagrimas, olhar triste e choroso, é compaixão.
Seja o filho novo ou não, quando a morte chega para eles, os pais perdem um pedaço de si, perdem o brilho do horizonte e a cor da alegria de cada dia. E como a mãe é mais reclusa sofre, e sofre e sofre muito mais.
   O que pensar das mães que perdem seus filhos por causa da fome, do mal atendimento médico, por causa da injustiça, da perseguição, da droga, do álcool, da depressão!.
   Acredito que a fé seja, em uma determinada circunstância, essa força que os pais, a mãe, em especial, encontrem para seguir em frente sua jornada em quanto respira vida. Não uma anestesia que apaga tudo, mas um alento, uma esperança, como um pequeno sinal de luz que agente enxerga no final do túnel em uma noite coberta de escuridão.
  A dor de uma mãe que perde um filho ou filha é a dor doida da alma, que doe e doe muito. Acredito também que no céu exista um lugar especial para essas mães, e que Deus, nunca as desamparará, nesta vida e em uma outra dimensão.



"Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem.


Isto mesmo ! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.


Perder? Como? Não é nosso, recordam-se?


Foi apenas um empréstimo". ( José Saramago )

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