quinta-feira, 23 de maio de 2013

Trechos do livro" Epopeia de uma época", do professor Geraldo Mendes PART III

Em frente á igreja de Diamante as lutas foram travadas
   Em 1900 é assassinado Gervásio de Sá Pegado, quando vinha da feira de São Boa Ventura. Seus algozes, a mando do coronel Zuza Lacerda pegaram-no covardemente numa emboscada, em local chamado de corredor da Ema, próximo ao vilarejo de Paulo Mendes ( Diamante). O crime abalou os moradores particularmente os comerciantes, que a partir de então deixaram de ir fazer a feira no vilarejo vizinho. Desde então, ódio somente aumentava entre o coronel Zuza e o coronel Posidônio José da Costa.
    A guerra parece não findar e num dos momentos em que o coronel Zuza Lacerda pisou em terras do povoado Paulo Mendes escapou da morte por um trisco. Desconfiado, suspeitou do seu arqui-inimigo, coronel Posidônio.
    Em 1913, quando tudo parecia estar calmo, eis que mais um crime acontece em São Paulo. A vitima dessa vez seria o coronel Posidônio, assassinado numa emboscada num lugar chamado Barrocos próximo de sua fazenda, denominada Macacos. Um tiro certeiro no peito tirou-lhe a vida, disparados por cangaceiros a mando do coronel Zuza Lacerda. O bando era comandado por Praxedes Verdequer, homem perverso e sanguinário, e um cangaceiro chamado casa velha.
    No momento em que os bandidos atacaram o coronel, em sua companhia estava o sobrinho Antonio Franco da Costa, que por pouco escapou da morte, embrenhando-se a cavalo pela mata até chegar ao vilarejo.  Comunicado o fato aos parentes do falecido, retornou ensanguentado para sua fazenda, no sitio Antas.
    Enquanto isso, os bandidos já estavam no vilarejo Paulo Mendes pronto para atacar, dando pronta a tentativa de saquear e queimar a loja de tecido do senhor Arsênio Mangueira da Costa, filho de Posidônio.
   Os planos dos pervertidos bandidos não tiveram sucesso porque existia no lugar um cabra muito valente chamado Zé Santana, que deu a ordem e gritou: “afastem-se daqui seus malfeitores na loja só entra se passarem por cima de meu cadáver”. Subitamente o tiroteio começou e juntamente com sua esposa, Zé Santana deu conta da guerra santa, pois defender seu território era uma questão de honra.
    O tiroteio durou por mais de uma hora, teve como baixa o ferimento na perna de um dos bandidos. Assim, não suportando mais a investida pesada do incauto homem valente, Praxedes Valdeguer apavorado perguntou:
- com quem estamos brigando?
- resposta imediata:
- Com Zé de Santana e esposa.
- o bando respondeu:
- vocês são muito corajosos!

    Depois de muita troca de tiros, com um homem ferido e sem nenhuma munição, os bandidos acenaram com um lenço branco pedindo trégua, partindo em seguida para a fazenda em Curral Velho, onde sabiam que teriam guarida do homem era o guarda-chuva da região. AGUARDEM A CONTINUAÇÃO

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