Em frente á igreja de Diamante as lutas foram travadas |
Em 1900 é assassinado Gervásio de Sá Pegado, quando vinha da
feira de São Boa Ventura. Seus algozes, a mando do coronel Zuza Lacerda
pegaram-no covardemente numa emboscada, em local chamado de corredor da Ema,
próximo ao vilarejo de Paulo Mendes ( Diamante). O crime abalou os moradores particularmente
os comerciantes, que a partir de então deixaram de ir fazer a feira no vilarejo
vizinho. Desde então, ódio somente aumentava entre o coronel Zuza e o coronel Posidônio
José da Costa.
A guerra parece não findar e num dos momentos em que o
coronel Zuza Lacerda pisou em terras do povoado Paulo Mendes escapou da morte
por um trisco. Desconfiado, suspeitou do seu arqui-inimigo, coronel Posidônio.
Em 1913, quando tudo parecia estar calmo, eis que mais um
crime acontece em São Paulo. A vitima dessa vez seria o coronel Posidônio,
assassinado numa emboscada num lugar chamado Barrocos próximo de sua fazenda,
denominada Macacos. Um tiro certeiro no peito tirou-lhe a vida, disparados por
cangaceiros a mando do coronel Zuza Lacerda. O bando era comandado por Praxedes
Verdequer, homem perverso e sanguinário, e um cangaceiro chamado casa velha.
No momento em que os bandidos atacaram o coronel, em sua companhia
estava o sobrinho Antonio Franco da Costa, que por pouco escapou da morte, embrenhando-se
a cavalo pela mata até chegar ao vilarejo.
Comunicado o fato aos parentes do falecido, retornou ensanguentado para
sua fazenda, no sitio Antas.
Enquanto isso, os bandidos já estavam no vilarejo Paulo
Mendes pronto para atacar, dando pronta a tentativa de saquear e queimar a loja
de tecido do senhor Arsênio Mangueira da Costa, filho de Posidônio.
Os planos dos pervertidos bandidos não tiveram sucesso porque
existia no lugar um cabra muito valente chamado Zé Santana, que deu a ordem e
gritou: “afastem-se daqui seus malfeitores na loja só entra se passarem por
cima de meu cadáver”. Subitamente o tiroteio começou e juntamente com sua
esposa, Zé Santana deu conta da guerra santa, pois defender seu território era
uma questão de honra.
O tiroteio durou por mais de uma hora, teve como baixa o
ferimento na perna de um dos bandidos. Assim, não suportando mais a investida
pesada do incauto homem valente, Praxedes Valdeguer apavorado perguntou:
- com quem estamos brigando?
- resposta imediata:
- Com Zé de Santana e esposa.
- o bando respondeu:
- vocês são muito corajosos!
Depois de muita troca de tiros, com um homem ferido e sem
nenhuma munição, os bandidos acenaram com um lenço branco pedindo trégua,
partindo em seguida para a fazenda em Curral Velho, onde sabiam que teriam
guarida do homem era o guarda-chuva da região. AGUARDEM A CONTINUAÇÃO
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