segunda-feira, 20 de maio de 2013

O boato e suas consequências


   O boato é aquele tipo de mentira que ninguém sabe medir o grau de conseqüência que virá após ser proferida e espalhada. Começa como quem não quer nada e logo se espalha como fogo em monturo, com efeitos devastadores.
   O exemplo foi o que ocorreu neste último fim de semana em todo o país, com a falsa noticia de que o programa do bolsa família iria se acabar do sábado para o domingo, e que as pessoas só tinham aquela data para sacar o beneficio nos caixas eletrônicos e casas lotéricas.
  Os beneficiários, que na verdade são pessoas humildes, correram para os caixas eletrônicos e, revoltados com a falta de dinheiro, algumas delas acabaram depredando as máquinas e causando tumulto e alvoroço nas filas de espera.
   Os fatos foram registrados em quase todo o nordeste. E hoje, primeiro dia útil da semana, quase duzentos milhões de reais foram sacados das contas, segundo dados dos bancos oficiais. E agora o ministro da justiça vai colocar a Policia Federal para investigar de onde partiu o boato.
   No entanto, já se sabe de uma coisa: pela internet não foi, já que a ferramenta é pouca usada pelas pessoas beneficiarias do bolsa família, pelo menos são rumores na imprensa. O boato é dito a uma pessoa, e esta pessoa espalha para outra, que divulga para outras e aí vai correndo feita água em cachoeira.
   Diante disso tudo fiquei com uma pulga atrás da orelha: ora, se Dilma é confiável para boa parte da população e é candidata a reeleição e disso tudo mundo sabe, e quer votos, sobretudo dos eleitores mais humildes do nordeste, porque o povão acreditou rapidamente nessa história do fim do bolsa família?
  Fosse um aumento de 100% no programa, tudo bem, mas o boato do seu fim, e ser aceito facilmente, é algo que realmente começa a meter medo na presidenta, que tem um programa como cabo eleitoral e que os seus beneficiários, diante de mais boatos dessa envergadura, podem de repente acreditar em tantos outros  na esfera política e acabar prejudicando a campanha dela rumo ao palácio do governo.” Tou certo ou tou errado?”.



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