segunda-feira, 14 de abril de 2014

Após chuvas, bombeiros recebem 89 chamados para retirar abelhas de residências no Sertão

O 4º Batalhão de Bombeiro Militar, com sede em Patos, no Sertão do estado, a 320 quilômetros de João Pessoa, registrou somente nos três primeiros meses deste ano, 86 chamados para retirada de enxames de abelhas em áreas urbanas. Para se ter ideia do aumento no número de casos, basta analisar os registros do ano passado que contabilizaram 119 chamados durante os 12 meses de 2013.
De acordo com o comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar, Major Saulo Laurentino, o número maior de ocorrência aconteceu no mês de março, com 57 registros, mês em que houve registros significativos de chuvas na região de Patos. Os animais foram afugentados pelo desmatamento e, forçados a procurarem abrigo, acabam indo para áreas residenciais. 
Os locais onde os bombeiros receberam mais chamados foram edifícios residenciais, casas e igrejas. Mas elas podem procurar abrigo em qualquer lugar que encontre condições favoráveis para a construção do enxame.
Apesar do número alto de ocorrências, não foram registradas vítimas mais graves que necessitassem ser hospitalizadas. Ele informou que os casos de morte por picadas de abelhas acontecem quando a vítima é alérgica, mas não descartou situações que vitimem pessoas não alérgicas.
O militar explicou que esses insetos mudam de lugar com objetivos de reprodução ou quando encontram situações adversas no lugar onde estão. Ele acredita que as chuvas podem ter motivado um aumento no número de chamados para retiradas de enxames de áreas residenciais.
As abelhas mais comuns no Sertão são as africanas. No caso delas invadirem espaços domésticos ou sociais, major Saulo recomendou que as pessoas não as afugente. "Não se deve tocá-las, nem tão pouco atacá-las. Ao notar presença de enxame, deve-se entrar em contato com o Corpo de Bombeiros através do telefone gratuito 193", disse.
Major Saulo contou que geralmente elas voam em grupos e houve casos em que uma família não conseguiu entrar em casa e sabiamente chamou os bombeiros para a retirada dos animais. "É importante lembrar que devemos manter uma distância segura de no mínimo 15 metros dos enxames e evitar usar roupas escuras e perfumes, cremes ou loções com cheiro forte, porque isso atrai as abelhas", informou.
Outra coisa que atrai é quando uma delas é esmagada, portanto o militar orientou a não fazer isso porque a pessoa pode sofrer ataque das demais.
Acidentes
Os motoristas também têm sido alvo de ataque de abelhas. Pelo menos dois deles estiveram entre as vítimas que foram atacados enquanto dirigiam nas estradas.  Por isso, a recomendação é para que os motoristas se protejam de ataques transitando com os vidros fechados ou pelo menos com abertura mínima. Major Saulo recomendou os motoqueiros usem jaquetas e viseiras e uma proteção no pescoço.
O Corpo de Bombeiros já registrou casos em que elas provocaram acidentes com morte nas estradas. O militar contou que em há cerca de três anos, no município de Cajazeiras, também no Sertão, um motorista foi atacado e no momento em que tentava se desvencilhar das abelhas, perdeu o controle do veículo e bateu em uma motocicleta que vinha em sentido contrário na estrada. No acidente, o motoqueiro acabou morrendo e o motorista e os bombeiros que tentavam socorrê-lo tiveram que ser hospitalizado.
O horário propício para o trabalho dos bombeiros em ocorrências com abelhas é à noite porque é o horário que elas não se dispersam. Major Saulo explicou que durante o dia, elas se espalham e a interferência do Corpo de Bombeiros só acontece quando o caso é de ataque mesmo, como os que acontecem nas estradas.
Ele revelou que houve casos em que as abelhas estariam só de passagem, ou seja, chegam em determinado lugar, se instalam momentaneamente e quando a equipe de bombeiros agenda a retirada do enxame à noite, elas têm ido embora.
Portal Correio com Luciana Rodrigues

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