O rádio chegou primeiro que a televisão e a primeira transmissão em solo brasileiro aconteceu
em 1922, por ocasião do centenário da independência do Brasil. Na década de 30,
vivemos a era do rádio com até novelas e shows de calouros sendo apresentado
nos estúdios das famosas emissoras do sul do país.
Aqui no sertão paraibano uma das estações de rádios mais
antigas era a alto piranhas, da cidade de Cajazeiras, sendo ouvida por muitos
habitantes da região. No entanto, naquele tempo, eram poucas pessoas que tinham
condições de comprar o aparelho.
Em Boa Ventura, teve um tempo em que seu Artur Guimarães
era a única pessoa da pequena cidade que possuía um ABC, aparelho bonito e que
atraia a atenção dos moradores, que queriam saber as noticias do mundo e do
Brasil.
À noite, em frente à residência do mesmo, juntava muita
gente, e o aparelho era colocado em uma posição que todos pudessem escutá-lo. O
programa a voz do Brasil era a principal atração.
Dias antes da posse de Djaci Arruda como governador do Acre,
a noticia se espalhou que o político daria uma entrevista na rádio à noite no
dia da posse. O povo entrou em alvoroço porque o único aparelho de rádio da
cidade estava quebrado.
Descobriram, então, que o senhor Cícero Paulino, no sitio cambes
havia adquirido um aparelho, e logo muita gente atravessou o rio e fez da
calçada daquele cidadão uma plateia ansiosa para escutar a fala do conterrâneo.
Esse fato e tantos outros aconteceram de forma espontânea no
meio do povo simples, numa época em que a simplicidade e a naturalidade reinavam
absoluto nas pequenas comunidades, como a nossa.
Sim, esse aparelho de rádio ABC da imagem é um modelo idêntico
ao dos senhores Artur Guimarães e Cícero Paulinho, e pertence à dona Rozita Lopes,
residente à Rua Coronel Zuza Lacerda.
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