No início de janeiro, a Paraíba virou manchete nacional, por causa de um vídeo publicado na internet, onde duas mulheres cortaram o cabelo de uma terceira, numa sessão de espancamentos, tortura e humilhação típica das que ocorrem nos presídios (entre os presos, para deixar claro). O fato aconteceu na cidade de Cabedelo.
Foi, inclusive, de dentro das
celas que partiu a ordem para espancar a
vítima em praça pública e expor - mais ainda - a Paraíba ao ridículo, em nível
nacional. A mulher surrada teria ido à penitenciária, num dia de visita
qualquer, e dito a um detento que ele estaria sendo traído. O próprio preso não
teria gostado da 'notícia' e impôs o castigo à denunciante. Ninguém melhor do
que a própria namorada do apenado para se vingar. Foi o que ela fez no vídeo.
Mas nessa quarta-feira, 28 de
janeiro, as polícias Civil e Militar, com o apoio do Ministério Público,
desarticularam uma quadrilha que, entre outros crimes, promoveu aquelas cenas
macabras. PAULO SÉRGIO DE AZEVEDO, NEIDELANE VIRGULINO DE FREITAS, CLEIDE
MORENA e WELLINGTON FERREIRA serão os indiciados por organização criminosa,
segundo informou o delegado Ademir Fernandes.
O grupo estaria envolvido em
homicídios decorrentes do tráfico. Paulo Sérgio teria articulado também o
assassinato da mulher que aparece aos gritos, com os cabelos arrancados à faca.
De acordo com o major Pablo, da PM, a repercussão que as imagens tomaram na
mídia causaram ainda mais ódio nos torturadores, que não se contentaram com as
agressões físicas e pediram a 'cabeça' da vítima. A mulher só não morreu porque
as polícias chegaram primeiro.
Mais uma prova de que muitos
crimes aqui fora têm 'umbigo' dentro das prisões.
Parabéns aos policiais envolvidos
no trabalho.
PARAÍBAEMQAP.COM.BR
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