segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Honestidade: virtude que nem todos conseguem ter

        Estava eu, um amigo de Boa Ventura, e mais outro cidadão, conversando na calçada do Banco do Brasil, na manhã de hoje, em Itaporanga, aguardando por um atendimento naquela casa bancária, quando percebo que um senhor de idade avançada, ao atravessar á rua, deixa cair, sem perceber, uma certa quantidade em dinheiro.
       Por estar mais próximo da avenida, peço ao amigo de Boa Ventura que faça a gentileza de pegar aquela quantia de dinheiro que caiu do senhor e entregar ao mesmo, que estava acabando de entrar em um veículo estacionado próximo do local, claro, eu apontando com os dedos para o dinheiro e depois para o seu dono.
       O amigo foi até o senhor e perguntou se ele teria perdido o dinheiro, pois tinha o encontrado. O senhor olhou nos bolsos e em uma bolsa, e disse que aquele dinheiro não era dele. Nosso amigo, volta para a calçada do banco e conta que o senhor foi embora, negando a receber aquele dinheiro, pois ele achava não ser dele. O carro foi-se embora.
         Pois bem, ficamos todos sem ação, visto eu ter observado o dinheiro cair e saber que a quantia era dele sim. " Então você fica com esse dinheiro ai, e caso ele apareça, você devolve", disse eu ao amigo, que, sem querer ficar com aquele dinheiro sozinho, falou: " Vamos fazer o seguinte: dividamos em partes iguais esse dinheiro e já que vamos ficar por aqui por um tempo, acredito que ele venha pegar o dinheiro, então o devolveremos". Concordamos na ideia.
          Não deu outra. em Menos de dez minutos, o senhor volta, tremulo e ao mesmo tempo alegre por ter visto esse amigo de Boa Ventura no mesmo local e o reconhecendo. " Meu amigo, fui olhar direitinho e esse dinheiro é meu mesmo. São noventa e cinco reais, que estava dentro de um papel e nem olhei direito, só agora percebi que era meu mesmo", contou.
          O dinheiro foi devolvido em sua totalidade e o senhor ficou muito satisfeito por ter encontrado no dia de hoje pessoas que ainda zelam pela honestidade. Muito agradecido, se despediu de nós com um sorriso e um olhar de satisfação por ter recuperado seu dinheiro sem faltar nenhum centavo.
          Eu, o amigo de Boa Ventura e o outro cidadão que estava conosco ficamos de alma lavada por ter ajudado alguém através de um simples gesto de honestidade. E falávamos sobre a gratidão que Deus teria para conosco através de nossa atitude.
         No entanto, para nossa surpresa, uma senhora, ainda jovem, vendo tudo que acontecera, se  aproxima e fala: " só sendo besta mesmo para devolver dinheiro perdido". Ficamos perplexos com aquela opinião. " O honesto é o besta, né? Será que a senhora não ficaria feliz na pele deste senhor?", respondi. Ela sumiu, assim como some na sociedade atual parte da moral, ética e solidariedade ao próximo.
            Fizemos nossa parte. E fiz questão de colocar essa narrativa aqui, para dizer que não custa nada ser uma pessoa do bem. Que ajudar o próximo, seja quem for, só nos faz crescer em graça e santidade.

Delcides Brasileiro



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