Profissionais de saúde de Boa Ventura pedem demissão

PSF 2, no conjunto Arsênio Alves, sem médico

Os moradores do conjunto Arsênio Alves que precisaram ir ao médico no dia de hoje, 25, não encontraram nenhum profissional da área da medicina atendendo no PSF II, que fica localizado no bairro. Motivo: o médico Tarsiano Diniz não renovou seu contrato com a Prefeitura de Boa Ventura para permanecer atendendo no município, portanto, aquela área a partir de agora fica sem o seu atendimento médico. Ontem foi seu último dia de trabalho naquela unidade de saúde.

Quando nossa reportagem estava colhendo dados para esta matéria, o senhor muito conhecido por seu Tota, se aproximou e disse que o médico Tarsiano era uma pessoa muito boa e um grande profissional da medicina. “Nós, desse conjunto queremos agora que a prefeita da cidade arrume o quanto antes outro médico para esse PSF, porque o povo daqui já esta revoltado por causa da saída de Dr. Tarsiano”, desabafou o cidadão.

Seu Tota: " Queremos um doutor com urgência"

No PSF II também já enfrenta problemas com um dos equipamentos da sala do dentista. Funcionários disseram que o dentista, por sinal muito competente, está no momento só fazendo consulta e limpeza manual. “Mas já informaram agente aqui que está sendo providenciado o conserto desse equipamento”, contaram. No momento de nossa presença por lá, uma paciente procurou por atendimento odontológico, para fazer uma restauração, mas foi avisada que naquele momento estava sem possibilitada de ser atendida. Ela voltou para casa.

Já na UBS I, na parte baixa da cidade, a dentista continua trabalhando com afinco e dedicação, já que faz alguns dias que consertaram o autoclave, que ficou quebrado durante meses. Na parte médica, o profissional que atende naquela unidade de saúde somente estará dando plantão nesta quarta-feira, 26, na parte da tarde. “Então amanhã a noite ele aproveita sua estadia na cidade e atende no HPP, e depois no outro dia, no caso sexta-feira pela manhã volta a atender na UBS e vai embora”, disse uma funcionaria que pediu para não ser identificada.

Quem também pediu dispensa da Prefeitura foi o fonoaudiólogo Dirceu Brasileiro, que atendia os pacientes nas residências destes e no Hospital de Pequeno Porte, uma vez por semana. Ele teve que optar por um dos seus empregos, e como Boa Ventura pagava um salário muito baixo, ele decidiu sair, mesmo sendo um profissional da área de saúde concursado. Desta forma, portanto, Boa Ventura parece que sofre de um mal incurável: os profissionais de saúde não ficam por muito tempo por essas bandas, diferentemente de outros municípios, onde há casos destes profissionais atendendo por muitos anos.