As residências nem sempre foram lugares de conforto e comodidade
para seus habitantes. Pra quem não sabe, num passado remoto, elas já foram construídas
para baixo, isto é, o chão era o teto. Eram apenas um lugar para se recolher.
Com o passar do tempo,
elas foram se moldando de acordo com os gostos e condições dos seus proprietários.
Móveis modernos e sofisticados espalham beleza pelos cantos das casas,
deixando-as mais bonitas e diferenciadas.
Nas casas, seus moradores encontram o conforto, o aconchego e
a paz que tanto precisam para recarregar suas energias. Muita gente gostaria de
ter uma casa grande e confortável, porque é lá que as pessoas encontram o que
precisam.
No entanto, às vezes as extravagâncias não enfeitam; pelo
contrario, deixam o ambiente pesado, sobretudo quando seus moradores não
possuem a alma leve.
E nem sempre casas bonitas combinam com móveis bonitos porque
os moradores não possuem os detalhes que complementam o conjunto da obra. A simplicidade,
a educação e a simpatia misturadas com a boa vontade de determinados moradores
fazem de suas casas verdadeiros castelos, que podem não ter nada de moderno e
bonito, mas encantam pelos detalhes nos gestos de nobreza.
Em Boa Ventura, outro dia deparei-me com este ambiente que a
imagem mostra e não resisti e pedi autorização da dona para registrar aquela
organização de móveis simples, mas que foram e continuam sendo valiosos para
seus moradores. Tudo em seu devido lugar retrata bem que tudo ali tem um
sentido. Sem falar na atenção que as senhoras sempre dispensam com quem
adentram essa moradia.
E assim, vendo o interior dessa casa e a forma com que as
donas falam dela, entendi que não é somente o coração que é escolhido para
guardar lembranças, não. Paredes, pisos, tetos e até mesmo moveis e objetos
podem ser uma extensão do sentimento saudade e tradição.
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