As barracas que o
pessoal do parquinho passa a noite são simples e sem nenhum conforto. Passam
uma imagem de pessoas sofridas e que vivem andando pelo Brasil afora, na luta
pela sobrevivência.
Mas nada disso
importa para a criançada. Eu já fui criança e já esperei pelo parquinho também,
e sei muito bem que elas só querem mesmo é se divertir. Embora hoje em dia com
a modernidade do mundo, as crianças também usam internet e celular, o parquinho
ainda mantém sua tradição: atrair a meninada.
Nesse parquinho que
chegou a Boa Ventura observei a falta da difusora, tão importante no tempo
passado. Também, não existe propaganda melhor de parquinho do que o boca a boca
da meninada. Um vai dizendo para o outro e a notícia se espalha rapidinho.
Porem, nem todo
menino vai brincar no parquinho, porque o pai não tem dinheiro. Outros, vão e
giram na roda gigante e nos outros brinquedos, e ali se esquecem da realidade
do nosso mundo e tudo vira magia.
Tenho pena das
crianças que não tem dinheiro para comprar os ingressos e ficam com os
rostinhos tristes escornados nas grades. Reparem que parecem anjinhos fora do
céu. O dono do parquinho não consegue enxergar esse retrato, pois o dinheiro é
sua prioridade, até porque é com esse dinheiro que ele sustenta o parquinho.
Quando o parquinho
chega à cidade, a primeira coisa que faz depois que localizam um bom terreno, é
pedir autorização da prefeitura para funcionar. E conseguindo, entregam muitos
ingressos ali, que é dividido com alguns seletos funcionários.
Minha proposta é
que sejam doados esses ingressos numa creche e nas escolas municipais, e se
forem poucos ingressos façam sorteios, e não deixem somente nas mãos de alguns
funcionários. Acho que iríamos ver poucas crianças tristes nas grades do
parquinho.
O parquinho chegou à cidade. E a criançada por
um tempo voltou a ser criança de fato, esquecendo por um instante a realidade e
voando no mundo da imaginação. Eu preciso levar meus filhos ao parquinho antes
que eles cresçam!
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